sábado, maio 23, 2009

Inércia

Inércia que me consome
Corrói-me por dentro
A cada manhã desperta
A cada despertar não acordado

Tempo que como grãos de areia
Esvai-se por entre meus dedos
Sem controle, sem apego
Sem disciplina, sem apelo

Passado que parece cada vez maior
Ante um presente mínimo e fugaz
Mediante desejos e anseios de um
Futuro que parece nada controlado

Horas que agora parecem poucas
Mas que no momento passado vejo
Que muitas foram, sem nada sólido
Horas perdidas para os tijolos ocultos

Escrevendo como agora, compreendo
Visualizo como as coisas acontecem
Como num filme em câmera lenta
De quatro em quatro versos me reproduzo

Versos sem rimas, como os dias sem vida
Como os momentos mortos, a hora perdida
A hora perdida traz serenidade, tranquilidade
Para compreender o tempo e sua inexorabilidade

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