Vento, vem ventando via vozes
Sussurantes, sissibilantes, suas
Vou voando, vejam vindo velozes
Sensuais, sons, sonetos surreais
Som, sopra sem cessar
Sinto seus sonhos a soar
Soam, ressoam, a suar
Suas sensações, sem ar
Vejo o uivo em seu ouvir
Cheiro o ruivo de seu toque
Ouço o aroma do seu sorrir
Toco a luz do teu olhar
Vento que sopra cenas em meu dormir
Sol que não aparece para me despertar
Ares que me faltam nas horas de cair
Lua que surge para minha noite banhar
Vento que brisa vira no final destas palavras
Sopram folhas, flores, trazendo o pó de minha calma
Suaviza o que me pira, a moral que a terra lavras
Estouram rolhas, dores, tendo dó desta minh'alma
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